A porta estreita do esforço, da relação e da humildade

24 de agosto de 2025 | 21.º Domingo do Tempo Comum Leituras | Comentário | Avisos | Boletim A porta da salvação é "estreita"...

Calendário da Paróquia de Amor

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

A porta estreita do esforço, da relação e da humildade

24 de agosto de 2025 | 21.º Domingo do Tempo Comum
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A porta da salvação é "estreita", exige esforço, alerta Jesus no texto do Evangelho deste domingo. E se compreendemos a salvação não apenas no sentido definitivo, de Vida após a vida e morte, mas também na perspectiva de viver a salvação neste mundo, fazendo dela uma vida boa, bela, feliz, bem sabemos que isso não acontece se ficarmos de braços cruzados a ver passar a vida a nosso lado, mas aceitando o desafio de ser protagonista, de lutar e de se esforçar para atingir objetivos, para chegar cada vez mais longe...

Mas não só. Essa "porta estreita" tem um dono que a pode abrir e fechar. Para entrar é importante conhecer o dono, ter intimidade, uma boa relação com Ele. A salvação é uma questão de relação. Relação que se inicia já, aqui e agora, com o Senhor Jesus e que deve tornar-se comunhão para sempre.

O esforço exigido ao crente é, pois, a saudável inquietude de quem não tem nada garantido – quanto à salvação – pela pertença eclesial ou pela frequência dos sacramentos. Mas de fazer desta vivência um caminho de verdadeira relação, de conhecimento íntimo, que, na relação, se torna também ação: levar para a vida as exigências da relação com o Senhor. E de forma particular a humildade, o último lugar, a não presunção de si e a não reivindicação. De, como Jesus, se deixar "emagrecer" de si mesmo para passar essa porta estreita onde as "gorduras" do orgulho e de tudo o que preenche em vão a vida impedem a passagem.

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Que fogo vem lançar Jesus à terra?

17 de agosto de 2025 | 20.º Domingo do Tempo Comum
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Ser cristão e assumir os valores do Evangelho não é sinónimo de facilidade e de tranquilidade. A radicalidade do amor que a vida e a palavra de Jesus nos lançam, exigem escolhas livres e responsáveis, que comprometem.

Para seguir Jesus Cristo hoje, como sempre, é preciso deixar-se cativar por Ele, mas aceitar também o esforço da caminhada. Por isso, Jesus afirma que vem trazer o fogo à terra: não apenas essa chama que ilumina os nossos passos, mas também o fogo purificador, que destrói (egoísmos, preguiças, injustiças…) e possibilita o renascer das cinzas de um mundo renovado.

Este fogo manifesta-se no seu auge no momento da cruz, quando Jesus leva ao extremo o sentido da vida vivida por amor: é esse o batismo que Ele realiza, e no qual participamos.

Ter a humildade, mas também a coragem, para se deixar «queimar» pelo «fogo de Deus», é vencer passividades e indiferentismos, ser capaz de opções comprometedoras que desafiam, tantas vezes, o mundo em que vivemos. Por isso, será também causa de inquietação, mesmo de divisão dentro das famílias e comunidades (onde criticar ou menosprezar é sempre mais fácil que aceitar o processo de conversão pessoal e de transformação da própria vida, e de se implicar no crescimento de todos…).

Jesus é a paz, e vem trazer a paz, mas uma paz que é vivida com coerência e exigência. E ser exigente é sempre um caminho de intranquilidade.

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Não temas, está preparado!

10 de agosto de 2025 | 19.º Domingo do Tempo Comum
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«Não temas, pequenino rebanho...» assim começa Jesus, depois de ter chamado a atenção (no texto do evangelho do passado Domingo) para que os discípulos, contra toda a avareza, se tornassem ricos aos olhos de Deus. O Pai quis dar de graça o "Reino", para que também os discípulos, com confiança, o partilhem de graça: o guardar para si mesmo o que se recebe de Deus é outra forma de avareza!

Por isso a atenção, o estar preparado: as parábolas apontam para a atitude de vigilância, de responsabilidade no acolher e fazer chegar mais longe o Reino, porque «a quem muito foi dado, muito será exigido, a quem muito foi confiado, mais se lhe pedirá».

domingo, 3 de agosto de 2025

Casal dos Claros e Coucinheira tem nova Comissão

No sábado 2 de agosto de 2025, durante a celebração da Missa vespertina, tomou posse a nova Comissão Administrativa do Casal dos Claros e Coucinheira, paróquia de Amor, constituída por quatro elementos: Adelino Pedro, Carlos Carreira, Higino Pagaimo e Samuel Duarte. A Comissão assume a missão de, durante os próximos três anos, "guardar, conservar, aumentar e defender os bens, valores e interesses confiados à igreja do Casal dos Claros e Coucinheira", "administrá-los bem e fielmente", e "desempenhar com honradez e perfeita lealdade as obrigações do cargo", defendendo sempre "os interesses da Igreja, cumprindo as orientações do Bispo e Pastor desta Diocese de Leiria-Fátima".

Estiveram presentes os elementos da anterior Comissão, Mário, Óscar e Zélio, a quem o Pároco e a Comunidade agradeceram pelo seu trabalho ao longo dos últimos anos, juntamente com o Adelino que não pôde estar neste dia. Na passagem de testemunho, também eles agradeceram a colaboração de todos, e pediram para que a Comunidade continue a apoiar a missão destes elementos que agora iniciam a sua missão, a quem se disponibilizaram a acompanhar nesta fase de transição, informando-os de todas as tarefas e dos projetos em curso.

Numa linha de colaboração e divisão de responsabilidades e tarefas, as Comissões desempenham um papel fundamental na dinamização das Comunidades, além de se integrarem nos principais órgãos de reflexão e decisão paroquiais, como o Conselho Pastoral Paroquial, e o Conselho para os Assuntos Económicos da Paróquia de Amor.

A nova Comissão Administrativa da Igreja não-paroquial do Casal os Claros e Coucinheira estará em funções até 2028.

sábado, 2 de agosto de 2025

A vida de uma pessoa não depende da abundância dos seus bens

3 de agosto de 2025 | 18.º Domingo do tempo Comum
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Uma questão difícil, ontem como hoje, a das heranças... como de tantas outras questões relacionadas com a propriedade, com o ter, com o dinheiro. Jesus aproveita a ocasião em que é questionado para afirmar que «a vida de uma pessoa não depende da abundância dos seus bens». E conta uma pequena parábola: o rico que tem tão excelente colheita que vai querer guardar os seus bens para longos anos, e que pensa para consigo: «descansa, come, bebe, regala-te». Mas, nesse mesmo dia terá de entregar a sua alma. E fica a pergunta: «o que preparaste, para quem será?»

Não se deixar cegar pela riqueza, mas alargar o horizonte da vida a outras «riquezas», as que o são aos olhos de Deus... Não é desprezo pelos bens materiais, mas saber usar as oportunidades que neles são dadas para procurar um bem maior, na partilha e generosidade.